quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A Verdadeira História de Amityville

Todos já devem ter visto algum dos filmes da franquia Amityville não é mesmo? Mas muitos não sabem a verdadeira história do filme. Por que que essa simples casa é tão famosa? Bom, nesse post vou estar contando todos os detalhes, que eu confesso, fiquei de boca aberta.

Avenida Ocean, número 112. Este é o endereço de uma das casas mais famosas no mundo, mais conhecida como A Casa de Amityville. Casa que gerou título de inúmeros filmes de terror e que hoje é considerada assombrada. Mas por traz de toda assombração existe uma explicação lógica e se você está preparado... continue.


Em 1965, o sr. Ronald DeFeo adquiriu a casa nº 112 na rua Ocean Avenue. Era uma casa linda, com uma arquitetura holandesa, bastante espaçosa e que vinha com uma casa de barcos que dava anexo com ligação ao rio.


Ronald "Butch" Júnior era o mais velho de cinco irmãos e também o mais problemático, pois tinha envolvimento com drogas e às vezes cometia pequenos furtos para sustentar o seu vício. Por esse mau comportamento, as brigas entre ele e seu pai eram comuns.

Ronald (camisa vermelha) e seus quatro irmãos.

Ronald e seu pai.
Contudo, no dia 13 de Novembro de 1974, por um motivo desconhecido, Ronald resolveu matar a sua família. Ele pegou uma carabina e atirou duas vezes contra seus pais. Logo depois foi ao quarto de cada um dos seus irmãos e disparou contra eles também. Para finalizar assassinou as outras duas irmãs. Tudo isso foi feito enquanto todos dormiam e por algum motivo estranho ninguém acordou com os disparos. Outro fato interessante é que todos foram colocados de bruços antes de serem atingidos.

Corpos de Louise e Ronald DeFeo, os pais de "Butch".

Corpo de John DeFeo de 9 anos.

Sangue de John na cama aonde foi encontrado morto.

Compro de Marc DeFeo e a cadeira de rodas que usava temporariamente devido a uma lesão recente causada ao jogar futebol. (Infelizmente a foto ficou sobreposta a outra tirada de um dos detetives da polícia).

Sangue de Marc na cama aonde foi encontrado morto.

Corpo de Dawn DeFeo de 18 anos.

Corpo de Allison DeFeo de 13 anos. 

Planta baixa mostrando aonde e como os corpos foram encontrados.
Ronald fugiu depois de cometer os crimes, desfazendo-se das caixas das balas e da bolsa almofadada da carabina numa sarjeta de outra rua nos arredores. Sabendo que acabaria na cadeia, pediu ajuda a seus amigos para que mentissem em seu favor de modo a criar um álibi sobre a situação. Mas a arma do crime e outras coisas que o culpavam pelo ato foram encontradas e ele acabou indo a julgamento, onde confessou os crimes: "Começou tudo muito rápido. Assim que comecei, não consegui parar. Foi tudo muito rápido".

Sarjeta onde foram encontradas provas do crime.

As provas do crime.
Um mistério muito grande envolvendo esse crime é que os vizinho não foram capazes de ouvir nenhum disparo, algo que é estranho, pois a carabina que foi utilizada era extremamente barulhenta e a casa dos vizinhos era próxima. A possibilidade de algum tipo de silenciador ter sido usado também foi descartada pelas investigações. Essa é uma grande questão em aberto, pois mais de 10 tiros foram disparados e os vizinhos disseram no depoimento estarem em casa, dessa maneira eles deveriam ter ouvido alguns dos tiros, mas por alguma razão inexplicável eles não ouviram.


Parece que a casa número 112 da Avenida Ocean não era um local dos mais acolhedores, porém depois dos crimes a residência se tornou ainda pior. Apesar do crime, a casa foi vendida logo após o acontecido, em dezembro de 1975, para a família Lutz, que era composta por George e Kathleen, além de seus três filhos. Os Lutz diziam não estarem incomodados com o que ocorreu na casa, mas logo que começaram a viver lá levaram um padre para benzer a residência. Durante a benção, o padre afirma ter ouvido uma voz, que dizia para irem embora, porém ele não relatou isso a família inicialmente, apenas recomendou que eles não usassem o quarto onde o fenômeno havia ocorrido. Mesmo com a benção, a família não conseguiu viver e abandonou a residência apenas 28 dias após terem entrado nela, pois muitas coisas estranhas atormentavam a todos, como gritos, som de tiros e aparições de fantasmas.


Sem uma família vivendo no local, vários caça fantasmas iniciaram suas investigações no local e diversos fenômenos sobrenaturais foram documentados na casa. Dentre muitas fotografias, uma delas captou uma criança espreitando de um dos quartos. No entanto a criança não foi vista por ninguém e não havia crianças juntamente com o grupo. Seria aquele o fantasma de um dos rapazes DeFeo?



Após tudo isso, a casa ficou muito famosa e diversas pessoas iam até para visita-la. Dessa maneira ela teve que passar por reformas para perder a aparência que todos conheciam. Hoje a fachada está bem diferente do que era na época do crime.

Antes e Depois
Todos os mistérios que envolvem esse crime jamais foram respondidos, só se sabe que algo realmente bizarro aconteceu nessa casa estranha e isso a deixou ainda mais esquisita do que era, tornando-a um dos lugares mais misteriosos do mundo.

Ronald "Butch" Júnior foi preso em 13 de Novembro de 1974 e condenado por mais de 100 anos. Hoje com mais de 60 anos, continua preso pagando a pena.

A controvérsias em torno do caso
Todas as seis vítimas foram encontradas deitadas em suas camas, sem sinais de uma luta ou sedativos, levando à especulação de que alguém na casa deveria ter sido despertado pelo barulho dos tiros. Os vizinhos não relataram qualquer audição de tiros sendo disparados. A investigação policial concluiu que as vítimas estavam dormindo no momento dos assassinatos, e que o rifle não tinha sido equipado com um silenciador. Os agentes da polícia e do médico legista que participou da cena foram inicialmente intrigados com a rapidez e a amplitude das mortes, e considerou a possibilidade de que mais do que uma pessoa tinha sido responsável pelo crime. Durante seu tempo na prisão, Ronald DeFeo deu vários relatos de como as mortes foram realizadas, todas elas inconsistentes. Em uma entrevista em 1986, ele alegou que sua mãe era responsável pelo massacre, que foi rejeitado como "ideia absurda" por um ex-oficial do condado de Suffolk.

Em 30 de novembro de 2000, Ronald DeFeo reuniu-se com Ric Osuna, o autor de A Noite de Horror dos DeFeo, que foi publicado em 2002. Segundo Osuna, DeFeo alegou que tinha cometido os assassinatos "por desespero" com sua irmã Dawn e dois amigos sem nomes. Ele afirmou que depois de uma briga ficou furioso com seu pai, então ele e sua irmã planejaram matar seus pais, e que Dawn assassinou os irmãos, a fim de eliminá-los como testemunhas. Ele disse que ficou enfurecido ao descobrir as ações de sua irmã, bateu sua cabeça sobre a cama dela e atirou na cabeça dela. Foi relatado que, durante o inquérito policial original, vestígios de pólvora foram encontrados na camisola de Dawn, indicando que ela poderia ter descarregado uma arma de fogo. Esta linha de investigação não foi perseguida após a confissão de Ronald DeFeo. As tentativas de contato com os dois supostos cúmplices não obtiveram sucesso, já que um morreu em janeiro de 2001 e o outro disse que entrou em um programa de proteção a testemunhas. Ronald DeFeo Jr. tinha uma relação tempestuosa com o seu pai, mas a razão que a família inteira foi morta permanece obscura. A promotoria durante o julgamento sugeriu que o motivo dos assassinatos foi somente as apólices de seguro de seus pais. Joe Nickell observa que, dada a frequência com que Ronald DeFeo mudou sua história ao longo dos anos, as novas alegações dele sobre os acontecimentos que tiveram lugar na noite dos assassinatos deve ser abordada com cautela. Em uma carta a Rádio Show Hot Lou Gentile, DeFeo negou dar informações a Rix Osuna que pudessem ser usadas em seu livro.


O livro e o filme - Versões ligadas ao assassinato
Romance de Jay Anson, Horror em Amityville foi publicado em Setembro de 1977. O livro baseia-se no período de 28 dias em dezembro de 1975 a janeiro de 1976, quando George e Kathy Lutz e seus três filhos moravam no número 112 da Ocean Avenue. A família Lutz abandonou a casa, alegando que havia sido aterrorizada por fenômenos paranormais enquanto viviam ali. O filme de 1982 "Amityville II: The Possession" é baseado no livro Assassinato em Amityville do parapsicólogo Hans Holzer. Com a família Montelli (fictícia) que se diz ser baseada na família DeFeo. A história apresenta temas especulativos e controversos, incluindo uma relação incestuosa entre Sonny Montelli e sua irmã adolescente, que são vagamente baseado em Ronald DeFeo Jr. e sua irmã Dawn.

As versões dos filmes de Hollywood dos assassinatos de DeFeo contém várias imprecisões, ou seja, são levemente baseada no assassinato, e se for analisar o filme com o acontecimento, você encontrará pequenos detalhes que coincide com a verdadeira história.

Em 2005 o filme de 1979 ganha uma regravação. Esse remake contém uma criança como personagem fictícia chamada Jodie DeFeo, que não foi uma vítima dos tiroteios em novembro de 1974. A alegação de que Ronald DeFeo Jr. foi influenciado a cometer os assassinatos por espíritos de uma cemitério de nativos americanos no local do número 112 da Ocean Avenue foi rejeitada pelos historiadores locais e com os líderes americanos, que argumentam que não há provas suficientes para apoiar a alegação de que o cemitério existia. Esse remake de 2005 exagera também no isolamento da casa, sendo que a casa ficava apenas 15 metros de distância das casas vizinhas.

Casa de número 112 na Ocean Avenue, atualmente.
A casa hoje está à venda por US$ 1,150 milhão. E ai, tem coragem de comprar?
Esse foi o post de hoje, comprido eu sei, mas tinha tanta coisa em diversos sites da internet que procurei ler todos e juntá-los em apenas um. Espero que vocês tenham gostado. Até a próxima leitores!

XOXO

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